sábado, 4 de dezembro de 2010

Quando se é do campo, vêem-se as coisas de forma diferente.


Um lavrador da Amareleja no Alentejo meteu-se no seu tractor, foi à aldeia vizinha e bateu à porta de uma casa. Um miúdo, de cerca de 9 anos, abriu a porta.

- O teu pai está em casa rapaz? – Perguntou o lavrador.

- Nã senhori, ele nã está – respondeu o miúdo. – Ele foi a Évora.

- Bêm – disse o lavrador -, a tu mãe está aqui?

- Nã senhori. Ela também nã está aqui. Ela foi com eli.

- E o tê irmão Manéli? Ele está aqui?

- Nã senhori, ele também foi com a mãe e o pai.

Hmm! Atão vou esperari!

O lavrador ficou ali durante alguns minutos, mudando de um pé para o outro e murmurando para si próprio.

- Posso ajuda-lo em alguma coisa? – Perguntou o rapaz delicadamente. – Eu sei onde estão as ferramentas, se quiser alguma emprestada. Ou talvez possa dar algum recado, ao pai.

- Bem – disse o lavrador, com cara de chateado -, realmente queria falar com o tê pai por causa do tê irmão Manéli ter empranhado a minha filha Maria.

O rapaz pensou por um momento:

- Ahh, terá de falar com o pai acerca disso – resolveu ele finalmente. – Se lhe servir de alguma ajuda, eu sei que o pai cobra 500 euros pelo touro e 50 pelo porco, mas realmente nã sei quanto é que leva pelo Manéli!

2 Comments:

360º Norte said...

Aqui está uma boa forma de negócio nesta altura de crise...lolol

Vitor said...

Nem mais!

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